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7 de nov. de 2013

Motocolombó, mais uma filha de Recife

O cenário não poderia ser mais apropriado: ao som dos batuques característicos das ruas do Recife Antigo, no fim da tarde de um domingo e no mesmo bar onde a banda Motocolombó foi idealizada - há mais de 7 meses. O encontro foi com três integrantes: Marcelo C. (vocal), Matheus Marques (teclado) e Júlio Ferreira (guitarra), que bateram um papo rápido, despretensioso e leve sobre o som da banda e os planos para o fim do ano.

Da esquerda para a direita: Matheus, Marcelo e Júlio

Escala: Motocolombó - Recife

O primeiro questionamento, sobre a escolha do nome da banda, gerou duas respostas. A primeira, porque Motocolombó é realmente um bom nome para uma banda e a segunda, segundo Marcelo C., significa união, pois a ponte Motocolombó é a única ponte de Recife que une os famosos rios Capibaribe e Beberibe, portanto, nada mais apropriado para "nomeá-los", já que os cinco integrantes (além dos três presentes no dia, a banda ainda possui Lucas Scott na bateria e Ítalo Soeiro no baixo) consideram-se bastante unidos e amigos - mesmo que algumas amizades só tenham surgido após o nascimento da Motocolombó.

E o quão estranho seria se a tão recifense Motocolombó não fosse de Recife? Na verdade, a banda é de Jaboatão dos Guararapes, como me revelaram na entrevista. Mas o som deles está tão enraizado nas ruas do Recife Antigo que fica até difícil separar (Recife é a mãe da banda, de certa forma). "A Motocolombó é Recife. Se não fosse a cidade, acho que não existiria a Motocolombó", concluíram.

As influências e o estilo dos garotos

Definir a banda num só estilo foi a tarefa mais difícil que estava nas perguntas. Numa explicação rápida sobre o manguebeat ser um movimento (e não apenas um estilo de música), disseram que se encaixam no pós-manguebeat - que são as bandas influenciadas nos dias de hoje pelo movimento que surgiu nos anos 90. E esse encaixe é perceptível no som deles...

Marcelo citou Nação Zumbi como a principal influência musical da Motocolombó e os outros concordaram assiduamente, mas complementaram: "Rola um Pink Floyd também, principalmente nos teclados". Chico Science, individualmente (e carinhosamente chamado de "Chicão"), também recebeu seu devido destaque, mas outros nomes conhecidos pelos admiradores das músicas frequentemente tocadas nas ruas do Recife Antigo foram citados: Mombojó, Karina Buhr, China e Siba foram alguns deles. Até Los Hermanos entrou na mistura de influências da Motocolombó. Definitivamente, a banda pode agradar diversos públicos com sua versatilidade musical.


O reconhecimento e próximos trabalhos

É uma banda nova e independente, o reconhecimento no começo é bem lento, mas Marcelo C. garante que isso não é empecilho e já possui planos para estes últimos dois meses de 2013. Por exemplo, ainda em novembro, eles pretendem começar a gravação do EP (o nome não foi informado). Além disso, já possuem algumas músicas gravadas e divulgadas, com download grátis. Novos shows estão em negociação, e um deles já foi até fechado, no famoso bar "Casa da Moeda", na rua de sempre (Rua da Moeda). Em breve, eles estarão divulgando os dias exatos, além de outras músicas inéditas.

No início, apenas os amigos e conhecidos acompanhavam a banda, dando apoio e divulgando nas redes sociais, mas durante a pequena entrevista, eles revelaram que desde o fim de Setembro a página da banda no Facebook vem recebendo muitas curtidas de pessoas desconhecidas, que gostam genuinamente do som da Motocolombó. E, certamente, depois desse fim de ano cheio de projetos, a página vai movimentar-se muito mais!

Encontre a banda:
Facebook - Youtube - Soundcloud 

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